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ConflitosAlemanha

G20: Berlim critica posição da China sobre guerra na Ucrânia

DW (Deutsche Welle) | DPA | Lusa
25 de fevereiro de 2023

A Alemanha criticou neste sábado (25.02) a China por não ter endossado o comunicado final da reunião dos ministro das Finanças do G20, que condenou a guerra da Rússia contra a Ucrânia.

Ministro das Finanças da Alemanha, Christian Lindner, lamentou posição da China sobre a guerra da Ucrânia após a reunião do G20Foto: picture alliance / photothek

A reunião dos ministros das Finanças do G20 terminou na Índia sem consenso no documento final quanto à guerra na Ucrânia. A condenação da invasão russa foi assinada por todos os membros do grupo, com a exceção da China e da própria Rússia.

O ministro das Finanças da Alemanha, Christian Lindner, não poupou críticas à Pequim, considerando que a posição chinesa era "lamentável".

Contudo, acrescentou: "Para mim, era mais importante que todos os outros aderissem a uma posição clara do direito internacional, do multilateralismo e do fim da guerra", disse Lindner a jornalistas.

Maioria dos membros do G20 condenaram a guerra da Ucrânia, com a exceção da China e da RússiaFoto: India's Press Information Bureau/via REUTERS

Reunião sem consenso

Um resumo do presidente do G20 emitido no final da reunião disse não haver acordo sobre a redação do texto da guerra na Ucrânia. O documento limitou-se a resumir os dois dias de conversações, sem quaisquer resoluções devido às divisões.

Apesar da oposição de Moscovo e Pequim, a maioria dos membros "condenou firmemente a guerra na Ucrânia", em termos semelhantes aos acordados em Bali (Indonésia) no ano passado, e criticou o seu impacto na economia mundial, segundo o resumo das reuniões dos responsáveis das Finanças e governadores de bancos centrais do G20.

A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, condenou a "guerra ilegal e injustificada contra a Ucrânia" e reiterou apelos para que as nações do G20 façam mais para apoiar a Ucrânia e impedir o esforço de guerra de Moscovo.

A vice-presidente do Governo de Espanha, Nadia Calviño, já tinha advertido durante as negociações que as conversações entre os líderes das Finanças estavam a ser "menos construtivas".

À margem da reunião do G20, o chanceler alemão Olaf Scholz (esq.) chegou este sábado a Nova Deli, onde foi recebido pelo chefe do Governo indiano Narendra Modi, para falar sobre a guerra na Ucrânia e relações bilateraisFoto: Manish Swarup/AP Photo/picture alliance

Posição da Índia

A posição da Índia, anfitriã do G20, sobre o conflito também foi vista como um dos maiores impedimentos para a adoção unânime de uma declaração.

Evitando a palavra "guerra" ou mencionando a Rússia, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, disse hoje que, "desde o início dos acontecimentos na Ucrânia, a Índia tem insistido em resolver esta disputa através do diálogo e da diplomacia".

A reunião dos ministros do G20 teve início na cidade de Bangalore, o centro da indústria de alta tecnologia da Índia, na sexta-feira, dia em que se cumpriu um ano da invasão russa.

Em novembro, uma importante cimeira do G20, realizada em Bali, viu os líderes dos países membros condenarem fortemente a guerra.

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