1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Ministro admite "má política de ordenamento do território"

Lusa
15 de outubro de 2022

O ministro do Ambiente e Biodiversidade, Viriato Soares Cassamá, considera que as constantes inundações nas cidades e campos agrícolas na Guiné-Bissau são resultado de uma má política de ordenamento do território.

Guinea-Bissau
Ruas de Bissau na época das chuvasFoto: DW/I. Dansó

Viriato Soares Cassamá referiu que a Guiné-Bissau tem tido sucesso em várias ações em curso para mitigação e adaptação aos efeitos das mudanças climáticas, mas ainda assim continua a ser fustigada com inundações durante a época das chuvas.

O ministro guineense falava à Lusa no âmbito dos preparativos do país para a participação na COP27, Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que vai ter lugar na cidade egípcia de Sharm El Sheikh, de 06 a 18 de novembro.

"O que se passa é uma má política do ordenamento do território. Sabemos que a Guiné-Bissau, no seu todo, é um país extremamente baixo. Tem uma altitude média de 50 a 60 metros, tirando as Colinas do Boé, que rondam os 200 metros", afirmou o ministro.

Viriato Soares Cassamá notou ainda que "o país sofre" com as inundações por não ter um sistema de escoamento de águas das chuvas que caem entre os meses de junho a outubro.

Os camponeses queixam-se sempre durante esse período de que os locais de lavoura estão inundados.

Nas zonas urbanas, são recorrentes inundações de habitações e de vias rodoviárias. O ministro deu o exemplo das inundações que ocorrem em Bissau Velho, zona antiga e baixa da capital guineense.

"Toda a rede de esgotos e de escoamento de águas que caem das chuvas na zona de Bissau Velho está inoperacional, é por isso que há sempre inundações naquela zona", notou o ministro do Ambiente e Biodiversidade da Guiné-Bissau.

Reflexões Africanas: As ameaças à democracia da Guiné-Bissau

05:14

This browser does not support the video element.

Saltar a secção Mais sobre este tema